Do erro de sobranceria política de Marco Almeida, à estratégia do esguicho de Basílio Horta, em Sintra

 

Para além de voltar a esguichar água na fonte da “Rotunda dos Acidentes”(1), junto ao Casino, à Estefânea, um dos temas da semana foi a recusa do Tribunal Constitucional em não aceitar a denominação “Sintrenses com Marco Almeida”, para a lista encabeçada por este candidato independente, sustentada pelo seu Movimento e apoiada por vários partidos do centro-direita e personalidades independentes.

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Da reprovação do Tribunal Constitucional duas conclusões podem-se retirar. A primeira revela alguma sobranceria ou/e voluntarismo por parte do MSCMA, eventualmente potenciada por um perigoso excesso de confiança que fez “orelhas moucas” a ponderadas chamadas de atenção para a possibilidade de chumbo, por parte do Constitucional, do nome proposto ao próximo sufrágio autárquico. A segundo conclusão, espelha o nervosismo e, mais do que isso, o pavor evidenciado nas hostes basilistas do PS/Sintra que, na falta de outros argumentos substantivos – a cassete dos 12 anos já só os mais fanáticos ainda a usa -, se atiraram a este erro político da candidatura de Marco Almeida, como gato a bofe.

A ressurreição dos esguichos na fonte da Estefânea, é assim uma metáfora, anedótica, da actual estratégia política de Basílio Horta(BH) e seus apaniguados, para os escassos meses que faltam para as eleições. Depois de manter milhões e milhões a render nos cofres dos bancos, em detrimento do investimento, planeado, a bem de Sintra e das suas gentes, não vai faltar obra a inaugurar e, mais ainda, a anunciar. Tudo ao molho. Sem um plano conhecido, descriminando freguesias do concelho a favor de outras, deixando questões estruturais por resolver, ou meio-resolvidas, como o caso do hospital dito de proximidade. As intervenções públicas de Basílio, marcadas por um narcisismo à prova de bala e que devem fazer gelar os seus mais zelosos conselheiros, assim como os últimos estudos de opinião, dão indicações cada vez mais claras sobre a tendência do voto. Confirma-se o que aqui se escrevia há meses: o actual presidente da Câmara, antes de ser um trunfo, é um bico d´obra para o PS local, e nacional. E se BH, à custa dos cargos de nomeação política que foi ocupando, pagos pelo erário público, não terá dificuldades em escolher o seu caminho se sair derrotado a 1 de Outubro – porque os braços do bloco central são longos e muito generosos para com os amigos e cúmplices -, o mesmo não se passará com os seus indefectíveis. Nem todos voltarão à sua profissão, como foi o caso de Marco de Almeida, até porque não se lhes conhece profissão a não ser a de subsídio-dependentes nas empresas municipais, intermunicipais e congéneres. Daí o nervosismo, daí o pavor que grassa nas hostes basilistas do PS/Sintra, perante este eventual fechar das torneiras.

 

 

João de Mello Alvim

 

(1) Largo Dr. António José de Almeida. Na história de Sintra e memória dos Sintrenses de Antanho, será sempre o Largo dos Três Bicos. (segundo Fernando Castelo)

 

Um pensamento sobre “Do erro de sobranceria política de Marco Almeida, à estratégia do esguicho de Basílio Horta, em Sintra

  1. As hostes andam desvairadas e é pena num Partido Democrático, já não nos referindo à palavra e ao Socialismo que foi metido na gaveta. Talvez se mantivesse a apodrecer se não tivesse sido denunciado há uns tempos. Podiam até ter aproveitado para fazer mesmo uma rotunda como medida cautelar dos acidentes que a sua configuração causa.

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