Um par de notas sobre as bofetadas

Agora que já há Ministro da Cultura anunciado, e muito bem escolhido, um par de notas sobre as bofetadas prometidas.
Esteve mal João Soares com a ameaça das bofetadas, já que ao postar o que postou na sua conta pessoal do facebook, ele não podia esquecer a sua condição de membro do Governo. Já antes tinha estado mal com a intenção, tornada pública, de demitir António Lamas, se o mesmo não se demitisse. Bem esteve António Costa que, em comentários comedidos, manteve-se à altur…a das circunstâncias, mostrou que está a saber liderar um Governo (não sabemos como o processo se desenrolou nos bastidores), e a política que esse Governo aplica, e de que ele é o rosto da responsabilidade perante os portugueses.
Estou à vontade para escrever o que escrevo, pois acho que João Soares seria um óptimo Ministro da Cultura. E digo isto porque, quando foi candidato à Presidência da Câmara de Sintra, em algumas das conversas, às vezes picadas, que tivemos, constatei que, para além de ser um convicto republicano e social/democrata– o seu percurso político não é feito de sinuosidades como outros que conhecemos e que vêm da extrema-direita trauliteira, para se colarem, como emplastros, onde a babugem do Poder estiver “a dar” -, João Soares tinha um Projecto Global e de Coesão para o concelho de Sintra, que não se ficava, nem pelas contas “à merceeiro” (a pensar no dote da, filha que casa-descasa-casa de 4 em 4 anos), nem pela prosápia provinciana do “barulho das luzes” das Vienas (não confundir com a Vienna do filme “Johnny Guitar”…)